As motos têm um papel importante na mobilidade urbana brasileira, mas também enfrentam desafios. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em 2020 havia quase 28 milhões de motos registradas no país – um número significativo se comparado com os cerca de 14 milhões de carros.
A facilidade de locomoção é uma das principais vantagens das motos. Em grandes cidades, onde o trânsito é intenso, elas podem ser utilizadas para escapar de engarrafamentos e chegar mais rapidamente aos destinos. É por isso que muitas empresas de delivery, como iFood e Rappi, adotam as motos em suas operações.
Ainda assim, o uso de motos também apresenta desafios especiais na mobilidade urbana. A falta de infraestrutura para motociclistas, como estacionamentos seguros e faixas exclusivas, é um dos principais problemas. É comum ver motociclistas zigzagueando pelas vias, sem respeitar os limites de velocidade e de segurança – além de muitos andarem sem equipamentos de proteção.
Outra questão é a falta de educação no trânsito. Motoristas de carros e caminhões muitas vezes não respeitam os motociclistas, desconsiderando a necessidade de manter uma distância adequada e de sinalizar as mudanças de direção com antecedência.
Apesar dos desafios, as motos também apresentam oportunidades na mobilidade urbana. O uso de motos pode ser uma solução mais barata e eficiente para pessoas de baixa renda que precisam se deslocar diariamente para o trabalho ou escola.
Além disso, as motos também apresentam menor impacto ambiental em comparação com os carros – especialmente os modelos mais antigos. Motores de motocicletas modernos são mais eficientes e emitem menos gases poluentes.
Em resumo, as motos têm um papel importante na mobilidade urbana, mas é fundamental que sejam adotadas medidas para promover a segurança, a educação e a infraestrutura adequada para os motociclistas. Com as devidas precauções e investimentos, as motos podem ser uma solução eficiente e sustentável para a mobilidade urbana brasileira.